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Administração - Quarta-feira, 28 de Novembro de 2018

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VEREADORES DE ÁGUAS DA PRATA SE REÚNEM COM REPRESENTANTES DA SABESP

VEREADORES DE ÁGUAS DA PRATA SE REÚNEM COM REPRESENTANTES DA SABESP


VEREADORES DE ÁGUAS DA PRATA SE REÚNEM COM REPRESENTANTES DA SABESP

O tema da reunião foram os problemas recorrentes como falta de água e buracos abertos nas ruas da cidade e não fechados dentro do prazo estipulado pela lei
Problemas como calçadas com buracos abertos para manutenção da rede de esgoto e não fechados dentro do prazo de 10 dias estipulado pela lei e a constante falta de abastecimento de água na cidade estão entre as principais reclamações dos moradores de Águas da Prata.

Para buscar soluções definitivas e o maior comprometimento da Sabesp com o município, os vereadores convocaram a empresa para uma tribuna extraordinária. Na reunião, estiveram presentes José Márcio Carioca, gerente de Divisão da Sabesp, e Bernardo da Silva, encarregado do posto de operação de Águas da Prata.

Em sua explanação, o gerente José Márcio se referiu aos problemas que atingem a cidade e às providências que estão sendo tomadas.

“Nos últimos dois meses ficamos sem empreiteiras que fazem serviços de manutenção e de tapa valas na cidade. Em outubro e novembro conseguimos assinar um contrato; existiam muitas valas para serem feitas e nesse momento todas que estavam em atraso foram refeitas”, explicou o gerente.

Ele também se referiu ao problema de falta de água e à baixa pressão em algumas regiões da cidade e explicou que os filtros da estação de tratamento precisam ser trocados periodicamente, e a última troca foi feita há cerca de 15 dias, o que deve eliminar os problemas relatados. Disse ainda que a empresa está realizando uma operação especial na Estação de Tratamento de Água e Esgoto com monitoramento 24 horas para que não se haja mais baixa nos reservatórios (o que causa a falta d´água) e a expectativa é que isso não volte a ocorrer.

O gerente da Sabesp explicou que a empresa encomendou um estudo geral para fazer novas setorizações da rede de esgoto, em 2019, em Águas da Prata. “Vamos trocar grande parte das redes no centro da cidade; são redes antigas e o projeto e que até 2020 a gente consiga trocar toda a rede do centro”. Segundo o gerente, esse prazo é necessário para evitar transtornos na cidade com muitos buracos abertos ao mesmo tempo. Ele explicou ainda que tubulações vazam por várias razões: “uma delas é a idade das redes, e precisam ser trocadas. Para isso é preciso abrir valas para trocar tubulações e canais. A empreiteira deve fazer tudo isso com o menor transtorno para a cidade”. Segundo José Márcio, a troca das redes irá diminuir novos reparos em cerca de 90%.

Construção de nova estação de tratamento

A construção de uma nova estação de tratamento também foi abordada pelo gerente da Sabesp. Segundo José Márcio, a atual estação foi construída há 30 anos para tratar uma água de qualidade diferente da água atual. Ele explicou que a supressão de matas ciliares, por exemplo, trouxe como consequência uma água marrom, nos períodos de chuvas, e por isso a estação de tratamento precisa ser reformulada, com uso de novas tecnologias, para tratar essa água mais “suja”.

Ele ressaltou a importância de se desenvolver políticas públicas ambientais no município para que haja recuperação das minas; falou da necessidade de recuperação das matas ciliares e da construção de curvas de nível para evitar assoreamento das nascentes. “Como essas ações demoram muitos anos, é preciso modificar a estação de tratamento atual e investir em novas tecnologias para resolver essa demanda da cidade”, reforçou.

Vereador Fábio questionou se a nova ETA será feita no mesmo local, ao que José Márcio respondeu que sim e explicou que será utilizada nova tecnologia para a demanda das águas atuais.

Palavra aberta aos vereadores para esclarecimentos de dúvidas

Após a explanação do gerente da Sabesp, os vereadores fizeram uso da palavra. O vereador José Sebastião questionou o tempo necessário para a troca de toda a rede da cidade, e o gerente respondeu que a proposta é trocar a rede do centro no período de 2019 a 2020. A troca de toda a rede da cidade não é viável no curto prazo por conta do transtorno causado.

Outra solicitação do vereador se referiu à necessidade de se estender o horário de atendimento ao público do posto da Sabesp na cidade, e José Márcio comprometeu-se a encaminhar a solicitação.

Águas da Prata terá projeto-piloto de recuperação de nascentes

O vereador Fabio anunciou que a cidade foi eleita no estado de São Paulo para desenvolver um projeto-piloto de conservação e recuperação das nascentes, a exemplo do que já é realizado em Extrema, cidade mineira. Fabio falou da necessidade de parceria entre poder público e Sabesp para melhores resultados do projeto.

Vereadora cita reclamações da população

O prazo para fechamento de valas e a qualidade do asfalto nesse serviço são questionamentos constantes da população, segundo a vereadora Regina. José Márcio falou da necessidade de se abrir buracos para reparos e manutenção da rede e retomou o compromisso em fazer com que a empreiteira cumpra os prazos estipulados pela lei no tapamento dos buracos.

Queda de muro

Regina relatou a queda de muro da casa de um morador, supostamente causada por um vazamento e questionou a responsabilidade da Sabesp no caso. José Márcio esclareceu que quando comprovada a responsabilidade da empresa em qualquer caso, são feitos os reparos necessários. Bernardo, o encarregado local, afirmou que até aquele momento a empresa não havia sido notificada.

O gerente afirmou que quando há suspeitas de responsabilidade da Sabesp sobre qualquer avaria, os moradores devem procurar a Sabesp para elaboração de laudo, sem a necessidade de aguardar laudos da defesa civil.

Variação da pressão d’água e aumento da conta

Outra reclamação apresentada pela vereadora Regina se referiu à variação da pressão d’água e o aumento da conta após situações de falta d’água. Ela questionou se a quantidade de ar que passa no relógio causa aumento na conta. José Márcio diz que não há estudos que comprovem que a conta aumenta em situações de variação de pressão da água e disse também que após os últimos reparos, não há mais constatação de falta d´água.

Higienização das caixas coletoras de esgoto

Um problema apresentado pelo vereador Luiz foi a higienização das caixas coletoras de esgoto. José Márcio explicou que as caixas de esgoto não são criadouros de baratas, mas ponto de fuga de baratas, pois o esgoto é predominantemente formado por água; ele diz que criadouros de baratas são lixos, restos de comida e sujeiras que se acumulam nos bueiros. “Tentamos fazer uma pulverização aqui na cidade, mas as baratas fugiram da rede e invadiram as casas. O que é preciso é eliminar os criadouros das baratas, como restos de comidas”.

Segundo José Márcio, se a rede de esgoto for dedetizada as baratas irão se refugiar nas casas das pessoas, já que esses insetos não morrem com facilidade e fogem do veneno. O vereador Luiz reafirmou que é preciso alguma ação conjunta da prefeitura com a Sabesp para eliminar o problema das baratas na cidade.

Forte odor da Estação de Tratamento de São Roque

O vereador Ângelo apresentou uma reclamação recorrente dos moradores de São Roque da Fartura: o forte cheiro do esgoto vindo da estação de tratamento daquele distrito. José Márcio argumentou que o mau cheiro é característico de uma estação de esgoto, mas disse que há um projeto em desenvolvimento para eliminar as três fossas do distrito e acabar com o problema. O vereador Fabio lembrou que no bairro Cascata há problema semelhante, e José Márcio disse que naquele bairro está sendo realizada uma adequação de pontos de tratamento e que em cerca de dois meses o problema deve estar resolvido.

Bueiro entupido

O vereador Mauro relatou um problema de bueiro entupido e cheiro de esgoto nas proximidades da borracharia da cidade. José Márcio argumentou que o cheiro do esgoto só volta para as galerias se alguma ligação de água de chuva for feita à rede de esgoto, o que é proibido, mas pediu que o encarregado Bernardo verifique o caso e dê retorno aos vereadores.

Cumprimento de contrato entre prefeitura e Sabesp

O vereador José Benedito questionou se todos os pontos do contrato firmado há 12 anos entre a prefeitura e a Sabesp têm sido cumpridos e perguntou ainda se em 2017 houve propostas adicionadas pela prefeitura ao contrato vigente. José Márcio comprometeu-se em verificar a planilha e apresentar os dados à Câmara, mas antecipou que em um contrato há uma previsão do que vai ser realizado em determinado período, no entanto, há empreendimentos que mudam ao longo do caminho, a exemplo de novos loteamentos, não projetados anteriormente ao contrato. Ele reforçou que a Sabesp tem de cumprir a demanda que surge em cada município, o que muitas vezes é diferente do previsto no contrato assinado.

Cronograma de obras e aviso à população

O vereador Fabio citou a alínea G da cláusula 5ª. do atual contrato sobre direitos e obrigações da Sabesp, a qual fala sobre dar ciência aos moradores sobre obras a serem feitas na cidade, a fim de evitar transtornos. José Márcio se comprometeu em enviar o cronograma de obras da Sabesp à Câmara de Vereadores, a fim de fazer chegar a informação à população.

Vala aberta na Cascata

Outra demanda apresentada pelo vereador Fabio se referiu à colocação de encanamentos na estrada que liga a Vila Nossa Senhora Aparecida ao bairro da Cascata. De acordo com o vereador, a vala ficou alguns meses sem asfalto; ele se referiu a um serviço de má qualidade no local e pediu que o serviço seja refeito. Fabio citou duas caixas de concreto abertas no local, mas José Márcio reafirmou que com certeza não faz parte da rede de esgoto da Sabesp.

Ao final, a vereadora Helena agradeceu a presença dos representantes da Sabesp e as soluções apresentadas. José Márcio disse que para que os problemas não voltem a se repetir, a empresa terceirizada deve trabalhar corretamente e o contrato deve ser fiscalizado pela gerência da Sabesp em São João da Boa Vista. Ele reconheceu as falhas da concessionária no município e reafirmou o compromisso na regularização e na fiscalização da empreiteira contratada.

 

 

 

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